top of page

ATIVIDADE 9º ANOS PROFº DAMÁSIO - PORTUGUÊS


ree

Língua Portuguesa – 9º ano A; B; C e D

Prof. Damásio Marques

Advertência:

As atividades aqui postadas são as mesmas do Google Sala de Aula. Elas estão aqui apenas para os que não conseguem acessar a plataforma do Google. Então, preste atenção para não realizar tarefa em duplicidade.

As atividades realizadas por aqui devem ser encaminhadas para o e-mail: damasiomarques@prof.educacao.sp.gov.br

Semana de 31/08 a 04/09 – equivalente a 6 aulas:

Habilidades trabalhadas:

EF89LP32

Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de intertextualidade (referencias, alusões, retomadas) entre os textos literários, entre esses textos literários e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, artes visuais e midiáticas, musica), quanto aos temas, personagens, estilos, autores etc., e entre o texto original e parodias, paráfrases, pastiches, trailer honesto, vídeos-minuto, vidding, entre outros.

Atividade de 31/08

Caros alunos,

passaremos, a partir de hoje, a utilizar o Caderno do Aluno (São Paulo Faz Escola), volume 3 - parte 1. Ele está disponível (em pdf, para baixar) para quem ainda não o retirou na escola, colocarei as atividades dele aqui na íntegra. Portanto, leiam com atenção as indicações e, a seguir, realizem as atividades.

Para a aula de hoje, iniciaremos a ATIVIDADE 1 – CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO TEXTO LITERÁRIO, página 20. Para isso, realizem a pesquisa solicitada no exercício 1. Vocês deverão realizar a leitura do texto "Um apólogo", de Machado de Assis. Observem as indicações do exercício 2 para auxiliá-los nesta tarefa.

Respondam ao exercício 4 e comparem agora as respostas do exercício 1 para preencher o quadro do exercício 5.

Essas atividades são ainda introdutórias ao tema. Leiam o texto com atenção, mais de uma vez, se for necessário. Observem bem as questões e interprete o texto adequadamente. Procurem ler as entrelinhas, infiram as ironias e comparem com a vida real e atual.

Lembrem-se: ao término da atividade respondam com "ATIVIDADE REALIZADA" e surgindo dúvidas ou havendo comentários necessários, recorram ao professor.

Bons estudos!

ATIVIDADE 1 – CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO TEXTO LITERÁRIO.

1. Antes da leitura de “Um Apólogo”, texto escrito por Machado de Assis, procure o significado para os quatro verbetes do quadro a seguir:

Quadro de definições

a) Apólogo –

b) Foco narrativo –

c) Personificação –

d) Ironia –

2. Durante a leitura, você deverá:

a) Sublinhar os trechos que marcam a voz do narrador.

b) Indicar A (para Agulha), L (para Linha), AL (para Alfinete), antes dos travessões, para determinar as vozes das personagens.

c) Observar o tempo verbal utilizado pelas personagens.

Sabendo disso, a tarefa agora e fazer a leitura do texto “Um Apólogo”, utilizando os conhecimentos elencados no item 1 e os procedimentos orientados no item 2.

UM APÓLOGO

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?

- Deixe-me, senhora.

- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

- Mas você é orgulhosa.

- Decerto que sou.

- Mas por quê?

- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?

- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...

- Também os batedores vão adiante do imperador.

- Você é imperador?

- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana - para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.

A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:

- Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Fonte: Contos Consagrados - Machado de Assis - Coleção Prestígio - Ediouro - s/d

4. Retome as anotações que você fez no texto “Um apólogo”. Observe a quantidade de personagens e o ponto de vista do narrador.

5. Agora, reveja as definições registradas no quadro do item 1 e, com fundamentação no texto de Machado, explique o que cada definição tem a ver com a história.

Quadro de exemplos

a) Apólogo (Por que o texto foi intitulado “Um apólogo”?) –

b) Foco narrativo (Qual é o ponto de vista do narrador de “Um apólogo”? Que trecho exemplifica essa constatação?) –

c) Personificação (Retire do texto alguns exemplos.) –

d) Ironia (Retire do texto alguns exemplos.) –

Atividade de 03/09

Caros alunos,

a atividade de hoje é um complemento da atividade anterior e das próximas. Trata-se de um pequeno vídeo sugerido da adaptação do texto de Machado de Assis, "Um apólogo". Apreciem com atenção e compare-o ao texto escrito. Por hoje é só!

Bons estudos!

 
 
 

Comentários


Post: Blog2_Post

11 56611988

Subscribe Form

Thanks for submitting!

  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

©2020 por E. E. Santo Dias da Silva. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page