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ATIVIDADE 1ºC: PROFº RENATA - PORTUGUÊS

E.E. Santo Dias da Silva

Atividades para 1° ano C – Língua Portuguesa/Literatura

Profª Renata

O artigo de opinião é um dos gêneros mais comuns no cotidiano das cidades. Publicado normalmente em jornais, revistas e blogs, esse tipo de texto tem como função apresentar e defender um ponto de vista sobre algum assunto relevante para a sociedade. Muitas faculdades e universidades costumam solicitar aos seus candidatos que produzam artigos de opinião em seus vestibulares.

Características


O artigo de opinião é um gênero argumentativo, ou seja, é um tipo de texto que defende um ponto de vista por meio de argumentos. A linguagem usada no artigo de opinião costuma alinhar-se à norma-padrão da língua portuguesa, haja vista que o texto deve ser compreendido por diversos tipos de pessoas, muitas vezes de regiões completamente distintas — como é o caso dos artigos publicados em jornais de alcance nacional no Brasil.

Para além disso, justamente por se tratar de uma publicação da imprensa, o assunto abordado nesse tipo de texto costuma ser de relevância coletiva: fatos importantes, ocorridos nos dias ou semanas anteriores, costumam ser os temas do artigo de opinião. Nesse sentido, o gênero tem uma função social clara: promover o debate público sobre as demandas da sociedade.

Estrutura


Por ser um texto argumentativo, o artigo de opinião apresenta três partes fundamentais:


· Introdução com tese


Os parágrafos iniciais de um artigo de opinião costumam ser reservados para apresentar o assunto abordado e, além disso, o ponto de vista defendido pelo autor. Chamamos esse ponto de vista de tese. No caso das redações escolares e propostas de vestibulares, é comum que somente o primeiro parágrafo da composição seja destinado para essa função, pois, nesse tipo de produção textual, o número de linhas é restrito.

Veja, a seguir, a introdução de um artigo de opinião produzido por Débora Diniz e Giselle Carino, publicado no jornal El País Brasil:

Violência obstétrica,

uma forma de desumanização das mulheres

A expressão 'violência obstétrica' ofende médicos. Dizem não existir o fenômeno, mas casos isolados de imperícia ou negligência médicas. O que aconteceu com a brasileira Adelir Gomes, grávida e forçada pela equipe de saúde a realizar uma cesárea contra sua vontade, dizem ser um caso extremo, escandalizado pelas feministas como de violência obstétrica. Não é verdade. A violência obstétrica manifesta-se de várias formas no ciclo de vida reprodutiva das mulheres. Em cada mulher insultada verbalmente porque sente dor no momento do parto ou quando não lhe oferecem analgesia. Na violência sexual sofrida em atendimento pré-natal ou em clínicas de reprodução assistida. No uso de fórceps, na proibição de doulas ou pessoas de confiança na sala de parto. Na cesárea como indicação médica para o parto seguro. A verdade é que a violência obstétrica é uma forma de desumanização das mulheres.

Jornal El País Brasil, 20 de março de 2019.

É notável, nesse trecho inicial do texto, a presença das duas partes fundamentais da introdução de um artigo de opinião: a apresentação do tema — “violência obstetrícia” — e a defesa de uma tese ou ponto de vista — “A verdade é que a violência obstétrica é uma forma de desumanização das mulheres”.


· Desenvolvimento com argumentação


Uma vez que a tese é apresentada na introdução do artigo de opinião, é esperado que, nos parágrafos intermediários — também chamados de desenvolvimento —, apresentem-se argumentos que comprovem o ponto de vista.

Um argumento costuma ter duas partes: a fundamentação e a análise do fundamento. A primeira corresponde às informações, fatos, dados, referências, entre outros, que o articulista busca para embasar sua opinião; a segunda, ao trecho em que o autor relaciona explicitamente o fundamento utilizado com a tese defendida.

Ainda seguindo o exemplo dado anteriormente, observe a seguir um dos argumentos usados pelas articulistas Débora Diniz e Giselle Carino:

Mulheres negras, indígenas e com deficiência estão entre as mais vulneráveis à violência obstétrica. Um estudo da Universidade de Harvard, realizado em quatro países latino-americanos, mostrou que uma em cada quatro mulheres vivendo com HIV/aids foi pressionada à esterilização após receber o diagnóstico. Evidências igualmente assustadoras foram identificadas no México, onde a Organização das Nações Unidas condenou o país pela esterilização forçada de quatorze indígenas pelo sistema de saúde público. No Brasil, um estudo no Mato Grosso descreveu a correlação entre etnia e morte materna — mulheres indígenas têm quase seis vezes mais chances de morrer no parto que mulheres brancas. Pouco sabemos da realidade de mulheres com deficiência, em particular daquelas com deficiência intelectual. O senso comum diz que devem viver sem sexualidade e que são incapazes de decidir suas vivências reprodutivas.

Jornal El País Brasil, 20 de março de 2019.

Nesse caso, são usados como fundamentos: um estudo da Universidade de Harvard, outro da Organização das Nações Unidas e mais um feito no Mato Grosso. Com base nessas pesquisas, as articulistas relacionam as informações citadas com a tese ao afirmarem que “Pouco sabemos da realidade de mulheres com deficiência, em particular daquelas com deficiência intelectual. O senso comum diz que devem viver sem sexualidade e que são incapazes de decidir suas vivências reprodutivas”.

· Conclusão


A conclusão de um artigo de opinião costuma apresentar uma síntese do desenvolvimento do texto e, em seguida, reiterar a tese, agora comprovada pelos argumentos. Veja como é a conclusão do texto de Débora Diniz e Giselle Carino:

Argentina e Bolívia também avançaram em legislações para proibir a violência obstétrica — estar livre de violência baseada em gênero deve incluir a violência obstétrica. É preciso avançar rapidamente neste campo, seja pela via legal ou pela transformação dos costumes e práticas. A legislação boliviana menciona 'violência contra os direitos reprodutivos': se devidamente interpretada, a criminalização do aborto ou os maus-tratos sofridos pelas mulheres em processo de abortamento nos hospitais são formas de violência obstétrica. Meninas e mulheres forçadas, involuntariamente, ao parto e à maternidade são casos de violência obstétrica. Por isso, às histórias de dor física ou abusos verbais de nossas mães e avós, devemos somar as histórias da clandestinidade do aborto — as leis restritivas de aborto atingem 97% das mulheres em idade reprodutiva na América Latina e Caribe. Todas essas são expressões da violência obstétrica, uma forma silenciosa e perene de violência baseada em gênero.

Jornal El País Brasil, 20 de março de 2019.

É perceptível, portanto, que a conclusão do artigo de opinião das autoras repete resumidamente a linha argumentativa desenvolvida no texto. Em seguida, a tese é reiterada, agora comprovada — “Todas essas são expressões da violência obstétrica, uma forma silenciosa e perene de violência baseada em gênero”.

Como começar o artigo de opinião


A melhor maneira de começar um artigo de opinião é, antes de tudo, desenvolvendo um planejamento e um projeto de texto. Planejando e projetando antes de escrever, é muito provável que a composição resulte-se clara, coerente e bem fundamentada. Veja, no próximo tópico, um passo a passo de como escrever o artigo de opinião.

Passo a passo


Podemos dividir o processo de produção de texto em três partes básicas:

· Planejamento e projeto de texto

O primeiro passo na composição textual deve ser o da reflexão, leitura e organização das ideias a serem desenvolvidas no texto. Nessa parte, é necessário que o autor do artigo de opinião defina:


· Tema;

· Tese;

· Fundamentos da argumentação;

· Organização lógica do texto (aqui, define-se o que deve haver em cada parágrafo, ou seja, qual será a trajetória discursiva usada pelo autor para defender seu ponto de vista no texto).


· Rascunho


Uma vez que o projeto de texto já estiver definido, é o momento de transcrever as ideias projetadas na forma de texto em prosa, ou seja, é a hora de escrever o texto na forma de: parágrafos introdutórios, desenvolvimento e de conclusão. É muito importante que o rascunho seja um produto do projeto de texto e não se desvie da trajetória discursiva planejada.


· Revisão


Por fim, após o texto estar praticamente pronto, resta revisar questões de ordem gramatical, como ortografia, acentuação ou pontuação. Assim como no rascunho, não é aconselhável que o autor mude informações previamente projetadas e desenvolvidas nas partes anteriores.

Exemplo


Veja, a seguir, mais um exemplo de artigo de opinião, dessa vez do médico Dráuzio Varella:

Cadeias e demagogia

O sistema prisional talvez seja a área da administração em que os políticos mais falam e fazem besteiras.

Frases como "lugar de bandido é na cadeia", "tem que acabar com benefícios que encurtam penas", "vamos reduzir a maioridade penal" e, principalmente, "preso precisa trabalhar para pagar os custos da prisão" soam como música aos ouvidos da sociedade acuada pela violência.

É compreensível que a maioria esteja de acordo com essas propostas. Dos que se candidatam para governar os estados e o país, entretanto, esperaríamos mais responsabilidade para não criar expectativas fantasiosas e evitar políticas inexequíveis num campo tão sensível.

Antes que os "idiotas da internet" tirem conclusões apressadas, deixo claro que não gosto nem sou defensor de bandidos, que também quero ver preso o assaltante que rouba e mata e que, em caso de conflito violento entre bandidos e policiais ou agentes penitenciários, só não fico do lado dos agentes da lei se estes também forem criminosos.

Em 1989, quando comecei a atender doentes nas cadeias, havia no Brasil cerca de 90 mil presos. Hoje, temos ao redor de 800 mil, a terceira população carcerária do mundo. Não é verdade que prendemos pouco. O problema é que mandamos para trás das grades pequenos contraventores e deixamos em liberdade facínoras com dezenas de mortes nas costas.

Como nos últimos 30 anos encarceramos quase nove vezes mais, e as cidades brasileiras tornaram-se muito mais perigosas, não é preciso ser criminalista com pós-graduação na Sorbonne para concluir: prender tira o ladrão da rua, mas não reduz a violência urbana.

A pior consequência do aprisionamento em massa é a superpopulação. Os que não aceitam o argumento de que a pena de um condenado deve ser a privação da liberdade, não a imposição de condições desumanas, precisam entender que o castigo das celas apinhadas tem consequências graves para quem está do lado de fora.

Quando trancamos 30 homens num xadrez com capacidade para receber menos da metade, como acontece nos Centros de Detenção Provisória de São Paulo e em quase todos os presídios do país, os agentes penitenciários perdem a condição de garantir a segurança no interior das celas.

Como o poder é um espaço arbitrário que jamais fica vazio, o crime organizado assume o controle e impõe suas leis.

Diante dessa realidade, uma autoridade vir a público para dizer que fará os presos trabalharem para compensar os gastos do Estado é piada de mau gosto. Primeiro, porque na construção das cadeias de hoje não foram projetados espaços para postos de trabalho; depois, porque é impossível trabalhar onde não existe emprego.

Desde o antigo Carandiru, ouço diretores de presídios reclamarem da falta de empresas dispostas a instalar oficinas nas dependências das cadeias, a despeito das vantagens financeiras e tributárias que o governo oferece. Quer dizer, negamos acesso ao trabalho e nos queixamos que os vagabundos consomem nosso dinheiro na ociosidade.

Embora tenha conhecido detentos que se vangloriaram de nunca ter trabalhado, eles são exceções. O que a sociedade não sabe é que os presos são os principais interessados em cumprir pena trabalhando: ajuda a passar as horas que se arrastam em dias intermináveis, permite cobrir os gastos pessoais, enviar dinheiro para a família e usufruir o benefício da lei que reduz um dia de condenação para cada três dias trabalhados.

A questão prisional é muito grave para ficar nas mãos de aprendizes de feiticeiro sem noção da complexidade do sistema penitenciário, que repetem platitudes com ares de grande sabedoria e põem em prática medidas simplistas sem ouvir os que estão em contato diário com os encarcerados, nem os estudiosos do problema.

A era das facções que comandam o crime de dentro dos presídios, capazes de dar ordens para vandalizar cidades, disseminar a violência pelo país inteiro e estabelecer conexões internacionais, requer dirigentes com experiência em segurança pública, que conheçam as condições de funcionamento das cadeias brasileiras.

O combate ao crime organizado exige inteligência, entrosamento entre as polícias, centralização das informações num cadastro nacional, simplificação da burocracia e, acima de tudo, coragem do Judiciário para criar penas alternativas que reduzam a população carcerária. Palpites demagógicos de políticos despreparados são dispensáveis.

Jornal Folha de São Paulo, 03 de fevereiro de 2019.

ATIVIDADES


Leia, com bastante atenção, este artigo de opinião:

Viver em sociedade

Dalmo de Abreu Dallari


A sociedade humana é um conjunto de pessoas ligadas pela necessidade de se ajudarem umas às outras, a fim de que possam garantir a continuidade da vida e satisfazer seus interesses e desejos.

Sem vida em sociedade, as pessoas não conseguiriam sobreviver, pois o ser humano, durante muito tempo, necessita de outros para conseguir alimentação e abrigo. E no mundo moderno, com a grande maioria das pessoas morando na cidade, com hábitos que tornam necessários muitos bens produzidos pela indústria, não há quem não necessite dos outros muitas vezes por dia.

Mas as necessidades dos seres humanos não são apenas de ordem material, como os alimentos, a roupa, a moradia, os meios de transporte e os cuidados de saúde. Elas são também de ordem espiritual e psicológica. Toda pessoa humana necessita de afeto, precisa amar e sentir-se amada, quer sempre que alguém lhe dê atenção e que todos a respeitem. Além disso, todo ser humano tem suas crenças, tem sua fé em alguma coisa, que é a base de suas esperanças.

Os seres humanos não vivem juntos, não vivem em sociedade, apenas porque escolhem esse modo de vida, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade da natureza humana. Assim, por exemplo, se dependesse apenas da vontade, seria possível uma pessoa muito rica isolar-se em algum lugar, onde tivesse armazenado grande quantidade de alimentos. Mas essa pessoa estaria, em pouco tempo, sentindo falta de companhia, sofrendo a tristeza da solidão, precisando de alguém com quem falar e trocar ideias, necessitada de dar e receber afeto. E muito

provavelmente ficaria louca se continuasse sozinha por muito tempo.

Mas, justamente porque vivendo em sociedade é que a pessoa humana pode satisfazer suas necessidades, é preciso que a sociedade seja organizada de tal modo que sirva, realmente, para esse fim. E não basta que a vida social permita apenas a satisfação de algumas necessidades da pessoa humana ou de todas as necessidades de apenas algumas pessoas. A sociedade organizada com justiça é aquela em que se procura fazer com que todas as pessoas possam satisfazer todas as suas necessidades, é aquela em que todos, desde o momento em que nascem, têm as mesmas oportunidades, aquela em que os benefícios e encargos são repartidos igualmente entre todos.

Para que essa repartição se faça com justiça, é preciso que todos procurem conhecer seus direitos exijam que eles sejam respeitados, como também devem conhecer e cumprir seus deveres e suas responsabilidades sociais.

Questões:

1. Explique, de forma argumentada, a seguinte tese defendida pelo autor:

Os seres humanos não vivem juntos, não vivem em sociedade, apenas porque escolhem esse modo de vida, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade da natureza humana.

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Identifique a que se referem os termos sublinhados em:

a) Para que essa repartição se faça com justiça [...]

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) [...] quer sempre que alguém lhe dê atenção e que todos a respeitem.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Em consonância com a “Nova Ortografia”, não se acentua mais a palavra ideias, presente no 4º parágrafo do texto. Cite outras palavras que seguem essa regra:

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4. Assinale a alternativa em que a preposição, utilizada para a união de substantivos, foi empregada de forma inadequada:

a) meios de transporte

b) tristeza da solidão

c) cuidados de saúde

d) quantidade de alimentos

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Literatura Portuguesa


A literatura portuguesa abrange oito séculos de produção. Os primeiros registros datam do século XII, quando ocorre a expulsão dos árabes da Península Ibérica e com a formação do Estado Português.

Primeiramente, os relatos foram escritos em "Galego-Português". Isso ocorreu em virtude da integração cultural e linguística existente entre Portugal e Galícia.

Essa região pertencente à Espanha e ainda hoje os laços com o povo português, são ligados por meio da cultura e economia.

A literatura portuguesa acompanha as grandes transformações históricas. São essas as influências que ditam as divisões e subdivisões da produção literária em: Era Medieval, Era Clássica, Era Romântica ou Moderna.

Já as eras são subdivididas em escolas literárias ou estilos de época.


A Era Medieval


A Era Medieval da literatura portuguesa é dividida entre Primeira Época (trovadorismo) e Segunda Época (humanismo).

Ela tem início no início do século XII com a publicação de texto a Canção Ribeirinha, também conhecida como Canção de Guarvaia, de Paio Soares de Taiverós. Essa obra é considerada o mais antiga da literatura portuguesa.

Luís de Camões

Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjetura mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela escola não é documentada. Frequentou a corte de D. João III, iniciou a sua carreira como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boémia e turbulenta. Diz-se que, por conta de um amor frustrado, autoexilou-se em África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei D. Sebastião pelos serviços prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter.

Logo após a sua morte a sua obra lírica foi reunida na coletânea Rimas, tendo deixado também três obras de teatro cómico. Enquanto viveu queixou-se várias vezes de alegadas injustiças que sofrera, e da escassa atenção que a sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia começou a ser reconhecida como valiosa e de alto padrão estético por vários nomes importantes da literatura europeia, ganhando prestígio sempre crescente entre o público e os conhecedores e influenciando gerações de poetas em vários países. Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um duradouro cânone; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é uma referência para toda a comunidade lusófona internacional. Hoje a sua fama está solidamente estabelecida e é considerado um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos.

ATIVIDADES


1.Assinale a alternativa incorreta:

a.( ) Camões serviu como militar no norte da África, onde, ferido em combate, perdeu o olho direito.

b.( )Em 1552 Camões foi preso por ter agredido um oficial do rei e só foi posto em liberdade em 1553, indo direto para o exílio. Teve início, assim, uma longa jornada de 17 anos, em que o poeta viveu nas colônias portuguesas da África e da Ásia. Foram anos de dificuldades econômicas e algumas passagens pela cadeia.

c.( )Camões retorna a Portugal em 1570 , após a morte de D.João III, já com Os Lusíadas terminado, em 1572 é publicada a primeira edição do poema.

d.( )Camões morreu rico devido a pensão concedida por D.Sebastião rei de Portugal.

2.Camões é considerado o maior poeta lírico português. Sua poesia lírica é marcada pela dualidade:ora apresenta textos com herança da tradicional poesia portuguesa ora são poesias enquadradas no estilo novo do Renascimento. Assinale nas alternativas que apresentam as características dos principais temas da poesia lírica camoniana:

I.Poesia tradicional – (a herança das cantigas trovadorescas).

II.As ideias platônicas – ( as influências da filosofia de grego Platão).

III.O amor e o ódio – ( um dos temas mais ricos da lírica camoniana).

IV.O desconcerto do mundo- ( conflito violento entre o ser e o dever ser).

Assinale a alternativa correta:

a.( ) As alternativas I,II e IV estão corretas.

b.( )As alternativas I,II e III estão corretas.

c.( ) As alternativas II , III e IV estão corretas.

d.( ) Somente as alternativas II e III estão corretas.

Texto para as questões 3 a 5.

Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?

(Luis Vaz de Camões)

http://www.suapesquisa.com/biografias/amor_e_fogo.htm

3.Analise o poema acima e responda qual é o nome que se dá a esse tipo de composição poética ( 14 versos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos)?

4.Identifique o esquema de rimas utilizada por Camões no poema acima.

5. Transcreva uma antítese presente no poema.

6.Grande epopeia do povo lusitano considerada o maior poema de Camões e o maior poema épico da Língua Portuguesa, que narra a aventura marítima de Vasco da Gama?

7. Assinale ( V ) para verdadeiro e (F) para falso sobre Os Lusíadas de Camões.

a) ( ) Os Lusíadas” é uma epopeia do escritor português Luís Vaz de Camões.

b) ( )Tem como assunto a viagem de Vasco da Gama às Índias.

c) ( ) É dividida em dez cantos que são organizados em 1.102 estrofes.

d) ( ) Todos os versos são monossílabos heroicos, e com rima ABABABCC.

e) ( ) Narra a viagem de Pedro Álvares Cabral às Índias.

f) ( ) Os Lusíadas fala sobre as grandes navegações, o império português no Oriente, os reis e heróis de Portugal, dentre outros fatos que o tornam um poema histórico.

g) ( ) Todos os versos são decassílabos heroicos com rima ABABABCC.

h) ( ) Quanto à história, o enredo é dividido em quatro partes.

i) ( ) Proposição, Invocação das Tágides , Dedicatória ao Rei D. Sebastião, Narração, Epílogo, são as cinco partes do enredo da epopeia de Camões.

8.Os dez cantos do poema “Os Lusíadas” é distribuído em cinco partes. Faça a identificação de cada uma delas abaixo:

( ) Epílogo ( ) Narração ( ) Dedicatória ( )Invocação ( )Proposição


a) É a apresentação do poema.

b) O poeta pede inspiração às Tágides, ninfas do

rio Tejo.

c) Dedicatória a D.Sebastião, rei de Portugal.

d) É a longa parte narrativa, em que o poeta desenvolve

o tema contando episódios da viagem de Vasco da Gama

e a história de Portugal.

e) Parte final do poema, em que Camões mostra-se abatido,

angustiado e desiludido com a pátria.


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